ESG: Como as indústrias siderúrgicas e de mineração estão se adequando

ESG: Como as indústrias siderúrgicas e de mineração estão se adequando

Mudanças climáticas, pautas ambientais, cobrança para preservação do meio ambiente, pressão relacionadas à terras indígenas… Esses são alguns dos desafios que a indústria de mineração vem enfrentando. O conceito de práticas ESG (sigla em inglês para ações relacionadas ao meio ambiente, à responsabilidade social e à governança) se tornou emergencial para os setores manterem-se competitivos e alavancarem os resultados.

O que é ESG

A sigla ESG surgiu pela primeira vez, em 2004, no relatório “Who Cares Wins”, produzido pela Organização das Nações Unidas (ONU) e a Pacto Global, em parceria com o Banco Mundial, com o objetivo de engajar empresas e organizações na adoção de princípios nas áreas de direitos humanos, trabalho, meio ambiente e anticorrupção.

Os anos vindouros serão um divisor de águas na indústria da mineração, mas toda essa inovação precisa ser amplamente adotada entre as empresas do setor para que as metas de descarbonização e ESG sejam alcançadas. Fato é, a forma como as empresas se preparam hoje moldará sua vantagem competitiva futuramente.

Evitar desastres como os que já foram vistos aqui no Brasil com o rompimento de barragens de rejeitos de minérios, as mineradoras estão explorando cada vez mais, tecnologias convergentes OT e IT, ou seja, a integração dos sistemas de TI com sistemas de operação tecnológica (OT) para alcançar o ESG.

A necessidade hoje nas mineradoras, é ter uma visão ampla do processo de mineração e que uma forma de otimizar esse universo e garantir a aderência de cada fase do processo ao modelo ESG é utilizar soluções de monitoramento de ambiente digitais capazes de unificar, em uma única interface, dados sobre toda a produção de minérios.

O planeta tem pressa

De acordo com um relatório divulgado pela Delloite, no início de 2022, a indústria mineradora brasileira está muito atrás de países como Canadá e Austrália em relação a questões relevantes da pauta ESG.

Uma empresa que está em conformidade com práticas ESG entende quais são seus impactos negativos e positivos na sociedade e consegue agir sobre eles. A pegada de carbono em uma das atividades econômicas mais importantes do planeta é uma realidade e o desafio global de deter e reverter as taxas atuais da crise climática é urgente: atualmente, estima-se que aproximadamente 7% de todo dióxido de carbono lançado na atmosfera em todo o mundo é produzido pela indústria siderúrgica, devido à dependência dos combustíveis fósseis como matéria-prima, especialmente o carvão mineral.

A demanda de aço

A demanda global por aço, impulsionada por uma maior urbanização, crescente população mundial e padrões de vida cada vez mais altos, pressiona a indústria a inovar e fornecer um material sustentável.

Mas, por mais que a taxa de reciclagem de aço chegue a impressionantes 90% ou mais, a sucata de aço disponível atende apenas 25% dessa procura mundial.

A demanda por aço aumenta a medida que a economia avança. São necessárias medidas para tornar mais sustentáveis as cadeias produtivas do aço.

Essa pressão da sociedade, dos governos e dos consumidores em todo o mundo, acelerada pela COP26, pretende mudar a cara da economia global, já que líderes das nações desenvolvidas se comprometam com a neutralidade de emissões até 2030 e as em desenvolvimento, até 2040.

A siderurgia tem potencial para desempenhar um papel significativo no corte e na compensação das emissões de gases causadores do efeito estufa e aumento da temperatura da Terra. Algumas companhias vêm agindo e investindo em tecnologias e iniciativas que indicam escalabilidade no mercado e inovando ao fornecer aço sustentável para atender à demanda atual e futura.

Em algum momento após 2025, daqui a apenas três anos, já será possível adquirir algum equipamento com componentes de aço fabricados por um processo de produção livre de combustíveis fósseis, levando as companhias que utilizam a matéria-prima a uma liderança ambiental e com um alto status de marketing verde.

Aço Verde

Aços produzidos sem combustíveis fósseis significa que um produto ou serviço foi criado sem utilizar combustíveis fósseis ou matérias-primas fósseis, sem gerar emissões de CO2 e com o uso de fontes de energia que não empregam combustíveis fósseis.

Esse aço “verde” agrega valor econômico e ambiental ao negócio e é um investimento empresarial para reforçar o compromisso de melhorar o ambiente de amanhã, para todos, além de tornar a indústria sustentável e livre de poluentes.

Suas propriedades e qualidades serão equivalentes ao tradicionalmente já produzido, mas sem o impacto ambiental negativo, atendendo aos padrões atuais com o mesmo desempenho em todas as aplicações industriais.

Em todo o mundo, a legislação e os regulamentos estão forçando cada vez mais as indústrias a desenvolver infraestrutura e processos que atendam a condições ambientais específicas.

Essa demanda por cadeias de valor sustentáveis só aumentará e também se estende a usuários e consumidores cada vez mais conscientes, que exigem que as empresas invistam em tecnologias e soluções que tornem produtos e serviços o mais ecológicos possível.

Responsabilidade Ambiental

Escolher aço livre de combustível fóssil é uma decisão ambiental que terá um impacto duradouro no sucesso dos negócios de amanhã, contribuindo para uma transformação em toda a indústria, além de demonstrar que sua empresa está comprometida em eliminar a pegada de carbono, vital para que o aquecimento global seja, de fato, interrompido.

A indústria nesse setor tem a necessidade de estar preparada para eventualidades. A Lubrimatic contribui ativamente com essas iniciativas, mantendo seu trabalho dentro das normas regulatórias e fomentando a discussão de melhores práticas para ESG.